terça-feira, 28 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - Final

8ª. Parte (Final)



Com este artigo encerramos o tema: ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS
Consideramos no último artigo, em João 21, o modo como Jesus restaurou a Pedro, que o havia negado três vezes, com a pergunta: "Você me ama?" 
Vimos então que a exigência clara para pastorear as crianças, (e os jovens e adultos também) é amar a Jesus!
Amamos mesmo ao Senhor?

Há, no entanto algo mais a ser considerado. Pedro, iniciou a sua caminhada de discípulo de Cristo após presenciar uma pesca maravilhosa (Lucas 5), ocasião quando prostrou-se aos pés de Jesus tomado de impactante admiração e quando recebeu o chamado do Senhor: “Doravante serás pescador de homens”. 
Naquela ocasião Pedro deixou o barco e todo o equipamento de pescador na praia e seguiu a Jesus.
Agora a situação era muito constrangedora, porque Pedro havia negado a Jesus vergonhosamente e voltara à pescaria. A chegada de Jesus ali na praia, a pesca maravilhosa novamente, o alimento que saborearam juntos e aquela pergunta de Jesus: “Amas-me mais do que estes outros?” incomodavam.
Será que “estes outros” a que Jesus se referiu seriam os outros companheiros de pesca ou os 153 grandes peixes apanhados? Deixaria Pedro o trabalho de ser pescador de homens para voltar a ser pescador de peixes?
A pergunta de Jesus incomodou ainda mais, por ter sido feita três vezes: Amas-me? Amas-me? Amas-me? O fato é que exatamente três vezes Pedro havia negado a Jesus. 
“Sim, Senhor, tu sabes que te amo!” foi a resposta positiva de Pedro, sendo que na última vez ele se mostrou bem entristecido.
É preciso notar que Jesus nas duas primeiras vezes fez a pergunta usando a palavra “ágape” para “amor”: Tu me amas? Pedro, no entanto, usou a palavra “fileo” para “amor” na resposta: “Sabes que te amo”. 
Era como se Jesus perguntasse: Tu me amas com amor perfeito? Aquele amor que é amplamente descrito no capítulo 13, versos 4 a 7, da primeira carta aos Coríntios: 
Amor que é paciente e bondoso; que não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Amor que não é grosseiro, nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Amor que não fica alegre quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor que nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. 
A resposta de Pedro trazia de certa forma o seguinte significado: “Gosto um pouco do Senhor, o meu amor é imperfeito”.
Na terceira vez Jesus usou a palavra de Pedro na pergunta: “Amas-me com amor imperfeito, Pedro?” Provavelmente isso contribuiu e muito para que Pedro ficasse entristecido, meio que cabisbaixo e envergonhado, reconhecendo de fato a pequenez de seu amor diante do grande amor do Senhor por Ele.
No entanto, surpreendentemente, nas três vezes o Senhor lhe ordena: “Apascenta os meus cordeiros! Pastoreia as minhas ovelhas! Apascenta as minhas ovelhas!
Qual a razão para Jesus usar tanto a palavra cordeiro como ovelha? Os cordeiros são os pequeninos filhotes das ovelhas, e daí concluímos que a ordem do Senhor inclui a responsabilidade do pastoreio tanto dos grandes e como também dos pequenos. As crianças precisam mesmo de pastoreio, tanto quanto os adultos, talvez até mais.
Onde estão os pastores tanto de adultos, como de jovens, como de crianças?
Só quem tem AMOR ao Senhor pode e está apto a pastorear.
O grande segredo para um ministério infanto-juvenil que seja frutífero e abençoado é ter pastores que amam ao Senhor. Está é a atitude que faz toda a diferença.
O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as crianças é estar cheio de amor pelo Senhor Jesus. Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5:14, 15).
É importante também verificar que no Antigo Testamento encontramos o mesmo princípio. Em Deuteronômio 6:4-9, antes da ordem para que os pais inculquem a Palavra de Deus em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
O fato é que a maioria dos pais não está abrindo os lábios para falar sobre as coisas de Deus. As crianças não estão tendo a Palavra de Deus sendo inculcada em suas vidas. 
Por que isso acontece?
Isto acontece porque os seus corações dos pais estão vazios do Senhor e de Sua Palavra, pois “a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.34). Daí a recomendação do Senhor: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos...” (Deuteronômio 6.6, 7).
E por que o coração não está cheio da Palavra do Senhor? 
Porque não está havendo obediência ao mandamento estabelecido em Deuteronômio 6.4, 5: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” 
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem um coração pleno de amor ao Senhor.
O que mais amamos?
Lutero afirmou certa ocasião: Aquilo que um homem mais ama, isso é o seu deus.
Esta frase nos leva a refletir e pensar: O que eu mais amo? Qual é de fato o meu deus?
Esta afirmação de Lutero nos leva a concluir que a raiz da dificuldade em pastorear os pequeninos está no fato de que não temos o Senhor como nosso único Deus. Outros deuses estão ocupando o centro de nossos corações. Nosso amor para com Deus, de todo coração, com tudo o que há em nós e com tudo o que somos, é pequeníssimo. É preciso acabar com a idolatria dentro do coração. Derrubar os ídolos e os seus altares. Dar espaço completo para o reinado de Cristo em nós.
Qual a nossa prioridade máxima? O que mais amamos?
O trabalho, a família, certas atividades que são prazerosas. Nem sempre aquilo que amamos mais é algo ruim, pelo contrário, mas o fato é que Deus é amado menos.
Jesus disse: “Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, e sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo.” (Lucas 14:26).
Pessoalmente já precisei reconhecer, por exemplo, que a música era o meu “deus” e que eu amava e me deleitava com a música mais do que com o Senhor. Outra vez tive que reconhecer que fazia dos meus livros e biblioteca o meu “deus”. E, tragicamente, tive que reconhecer que fazia do meu trabalho para o Senhor, na obra missionária junto à APEC, o meu “deus”. 
Achamos tempo para fazer tanta coisa, até para o Senhor, agindo como uma “Marta” agitados de um lado para o outro, e não achamos tempo para cultivar o nosso amor para com o Senhor, sendo uma “Maria” tendo nosso maior prazer estar aos pés do nosso Salvador.
Amas-me, mais do que estes outros?
É urgente restaurar o nosso amor para com o Senhor. Tirar os “deuses” de nossa vida e dizer: “Tu sabes que eu te amo, embora não perfeitamente, mas tu sabes todas as coisas.”
Charles Spurgeon, em seu livro Pescadores de Crianças (Edições Shedd), comentando esta passagem imagina Jesus Cristo dizendo a Pedro as seguintes palavras: 
“Eu te amo tanto que confio a você aquilo que eu comprei com o sangue do meu coração. A coisa mais preciosa que tenho em todo o mundo é o meu rebanho: veja Simão, eu tenho tanta confiança em você, dependo inteiramente da sua integridade como sendo uma pessoa que me ama sinceramente, que eu lhe faço um pastor de meus cordeiros. São tudo que eu tenho na Terra, dei tudo por eles, até minha vida; e agora, Simão, filho de Jonas, cuide deles por mim”.
Você pode ouvir o Senhor Jesus falando isso para você agora?
Onde estão os pastores de crianças? 
Que o Senhor levante pela sua graça e bondade, em cada igreja local, homens e mulheres que tenham o coração cheio de amor para com o Senhor, que respondam ao Senhor: Eu te amo! E que ouçam o Senhor Jesus lhes ordenando: Apascentem os meus cordeiros!
Amar a Jesus! Essa deve ser a atitude do coração!
Onde estão os pastores de crianças?
Tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros semelhantes precisam sair de cena. 
Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las. O momento atual exige isso.
Senhor, concede-nos pela Tua Graça homens e mulheres que amem ao Senhor de todo coração e que assumam a sua função pastoral, dispostos a: 
1. procurar os milhões de cordeirinhos que estão perdidos; 
2. apascentar os cordeirinhos que já creram em Jesus e precisam de alimento saudável para crescerem; 
3. livrar e proteger os cordeirinhos das garras violentas dos inimigos.

Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil.

fonte: http://www.apec.com.br/

segunda-feira, 27 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 7

7ª. Parte - O Pastor Modelo



Este é o 7º artigo dentro do tema central ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS, com a convicção que a atividade que melhor representa aquele que trabalha com as crianças é a atividade de um pastor.
Tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros semelhantes precisam sair de cena. 
Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las. O momento atual exige isso.
Podemos olhar o pastor de crianças em três posições bem distintas: 
1. aquele que procura a ovelha perdida; 
2, aquele que apascenta os cordeirinhos de Cristo; 
3. aquele que livra e protege dos inimigos. 
Vamos considerar neste número aquele que é o nosso Modelo.
O PASTOR MODELO

Como pastor ele cuida de seu rebanho, com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias.” (Isaías 40:11)
A ternura do Senhor como Pastor é comovente. Ele tem uma grandeza incomparável! A continuação do texto de Isaías mostra o seu domínio absoluto sobre toda a Criação, e mesmo assim é o DEUS PASTOR! Sim, Deus é revelado como infinitamente forte e infinitamente terno.
Quando veremos pastores que imitam Jesus, o nosso Pastor Modelo, que é chamado de BOM, GRANDE e SUPREMO Pastor? Onde está o pastor que: 
1. Procura a ovelha perdida? 
2. Alimenta o cordeiro de Cristo?
3. Livra a ovelha quando atacada pelos animais ferozes?
Que os pais, professores, líderes e pastores se coloquem agora mesmo diante do Supremo Pastor e ouçam a mesma pergunta que, com tanta ternura, restaurou Simão Pedro: "Você me ama?"
Pobre Pedro, que houvera negado o Senhor tão vergonhosamente! Aquela pergunta colocava o dedo bem no meio da ferida inflamada: "Você me ama?"
Pedro confessou: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. 
Charles Spurgeon, em seu livro Pescadores de Crianças (Edições Shedd), comentando esta passagem disse o seguinte: “Eu te amo tanto que confio a você aquilo que eu comprei com o sangue do meu coração. A coisa mais preciosa que tenho em todo o mundo é o meu rebanho: veja, Simão, eu tenho tanta confiança em você, dependo inteiramente da sua integridade como sendo uma pessoa que me ama sinceramente, que eu lhe faço um pastor de meus cordeiros. São tudo que eu tenho na Terra, dei tudo por eles, até minha vida; e agora, Simão, filho de Jonas, cuide deles por mim”.
Onde estão os pastores de crianças? Que o Senhor levante pela sua graça e bondade, em cada igreja local, homens e mulheres que tenham o coração cheio de amor para com o Senhor, que respondam ao Senhor: Eu te amo! E que ouçam o Senhor Jesus lhes ordenando: Apascentem os meus cordeiros!
O BOM, GRANDE E SUPREMO PASTOR
Quando teremos pastores que imitem a Jesus, o nosso Pastor Modelo? É interessante e inspirador considerar que Jesus é chamado de: 
BOM PASTOR – “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (João 10). É muito precioso observar que o Salmo 22 é o salmo do BOM PASTOR. O salmo que fala da morte de Jesus em nosso lugar. A sua crucificação.
GRANDE PASTOR – “...o grande pastor das ovelhas...” (Hebreus 13: ). O salmo 23 é o salmo do GRANDE PASTOR. O salmo que fala de Jesus Ressurreto, que guia e cuida de suas ovelhas cada dia.
SUPREMO PASTOR – “... quando o supremo pastor se manifestar...” (1 Pedro 5:) O salmo 24 fala do SUPREMO PASTOR. O salmo que fala da 2ª vinda de Cristo em glória.
Quando teremos homens e mulheres agindo como verdadeiros pastores, que:
1. Procuram as crianças perdidas?
2. Alimentam as crianças salvas, cordeirinhos de Cristo?
3. Livram os meninos e as meninas quando atacados pelos animais ferozes?
A PERGUNTA DO SUPREMO PASTOR
Que os pais, professores, líderes e pastores se coloquem agora mesmo diante do Supremo Pastor e ouçam a mesma pergunta que, com tanta ternura, restaurou Simão Pedro: "Você me ama?"
Esta é a pergunta desafiadora, que penetra o fundo da alma. Qual o grau de intensidade de nosso amor para com Deus?
Pense na situação em que Pedro se encontrava, tendo negado o Senhor tão vergonhosamente! E nós, quantas vezes agimos da mesma maneira? Como essa pergunta incomoda: "Você me ama?"
Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.
Diante desta resposta afirmativa é que Pedro recebeu a incumbência de apascentar e pastorear e podemos então estabelecer que a primeira atitude para os que desejam trabalhar com as crianças: é a atitude do coração que ama a Jesus. 
Amor a Jesus! Sem amor a Jesus nada poderá ser feito.
continua...
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil.

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domingo, 26 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 6

6ª. Parte - Enfrentando as estratégias do inimigo



Este é o 6º artigo dentro do tema central ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS, com a convicção que a atividade que melhor representa aquele que trabalha com as crianças é a atividade de um pastor.
Jesus é quem fala do pastor que sai a procura da ovelha perdida e associa esta linda imagem ao fato de que é de suma importância buscar as crianças que estão perdidas, porque não é da vontade do Pai Celestial que nenhum pequenino se perca (Mateus 18:10-14). Sim, o pastor é aquele que procura o cordeiro perdido.
Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Elas necessitam, já, de pastoreio. Que os líderes em cada uma das igrejas locais tenham a visão correta sobre o ministério entre os pequeninos! Que os pais aceitem o desafio de se tornarem “pastores” de seus próprios filhos!
Além de buscar crianças perdidas e alimentar as que já receberam a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, uma terceira atividade do pastor é livrar o cordeiro quando atacado pelas feras.
Já vimos alguns dos ataques do inimigo para dominar a mente das crianças, mas há ainda mais:
ESTRATÉGIA SUTIL DO INIMIGO
Nessa guerra, que parece que ninguém vê nem percebe, há bombas lançadas nas mentes de líderes de igrejas evangélicas, para cegá-los quanto às necessidades espirituais das crianças. Muitos assimilaram ideias que não estão de acordo com a Palavra de Deus, e raciocinam que só depois dos 13 anos é que uma criança pode ser evangelizada. Ora, nessa idade já é tarde, embora para Deus nunca seja tarde demais.
Infelizmente, não se percebe que o melhor tempo para conduzir as crianças a Cristo é nos primeiros anos, começando desde quando são bebês, aproveitando muito bem o período de ouro quando são pré-escolares,  durante os anos que estão nos estudos da fase fundamental e tendo a bênção de ver as crianças já nascidas de novo antes mesmo de entrarem na pré-adolescência.
O fato é que o índice dos que recebem a Cristo antes dos 15 anos de idade é sempre muito superior ao de que qualquer outra faixa etária, levando líderes cristãos como George Barna a dizer que se uma pessoa não vier a Cristo antes dos 15 anos de idade as chances desta pessoa vir a se converter é bem pequena.
Charles Spurgeon também “brigou”, e muito, pela evangelização e discipulado das crianças, afirmando em certa ocasião: “Espero que você não esteja entre aqueles que esperam ver suas crianças convertidas apenas quando forem crescidas, e sente-se satisfeito ao deixá-las permanecer em seus pecados enquanto são crianças. Espero que você ore pela conversão das crianças enquanto são crianças, e esteja trabalhando neste sentido com a ajuda graciosa do Espírito. Se você estiver fazendo isto, não conheço qualquer outro serviço mais adequado para incluir os anjos do céu se lhes fosse permitido fazê-lo”.
CRIANÇAS TOCADAS COM MÃOS IMUNDAS
A violência da ação maligna contra a infância acontece de maneira surpreendente nos casos de abusos, sejam verbais, sejam físicos, sejam sexuais. O alto índice de pedofilia, a exploração sexual de crianças e a pornografia têm sido uma realidade cada vez mais presente na sociedade e, vergonhosamente, dentro dos ambientes chamados “evangélicos”.
É preciso estar atento, como pastor cuidadoso, para verificar que todos os cordeirinhos estejam íntegros, sem marcas de mãos sujas em seus corpos.
É preciso estar atento para verificar se as crianças estão sendo impedidas de falar, sendo obrigadas a permanecer em silêncio, sendo ameaçadas pelos “lobos” que sempre aparecem vestidos de ovelhas. É preciso estar atento para que, inclusive certos “pastores”, não se aproveitem para macular as ovelhas.
O verdadeiro pastor vai denunciar os abusos de qualquer ordem contra as crianças. O verdadeiro pastor vai abrir a boca a favor dos pequeninos, que muitas vezes são ameaçados para que fiquem calados. Quantos cordeirinhos sofrendo em silêncio!
O verdadeiro pastor, que busca a ovelha perdida, que nutre com a sã Palavra de Deus os cordeirinhos, vai proteger e defender as ovelhas. Para ele, o texto de Provérbios 31:8 é levado a sério: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados”. Abrir a boca a favor do mudo é abrir a boca a favor dos que não têm voz. Quem vai falar pelas crianças?
No próximo número continuaremos considerando as estratégias do inimigo.
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil.

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sábado, 25 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 5


5 - O Pastor livra o cordeiro dos animais ferozes


Estamos considerando, sem nenhuma dúvida, que a atividade que melhor representa aquele que trabalha com as crianças é a atividade de um pastor. 
Jesus é quem fala do pastor que sai a procura da ovelha perdida e associa esta linda imagem ao fato de que é de suma importância buscar as crianças que estão perdidas, porque não é da vontade do Pai Celestial que nenhum pequenino se perca (Mateus 18:10-14). Sim, o pastor é aquele que procura o cordeiro perdido.
A INCUMBÊNCIA DADA POR JESUS 
Jesus é quem dá a Pedro a incumbência de apascentar os cordeirinhos e pastorear as ovelhas, que traz também essa imagem preciosa do cuidado que tem o pastor em suprir as necessidades de alimento, de direção, de cuidado, tanto das crianças como dos adultos (João 21:15-17). Sim, o pastor é aquele que alimenta o cordeiro de Cristo.
O pastor é aquele que conhece os cordeirinhos e as ovelhas pelo nome. Como já foi mencionado, tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros, embora sejam úteis no trabalho entre os pequeninos, não podem jamais ocupar o lugar dos que pastoreiam as crianças. 
Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Elas necessitam, já, de pastoreio. Que os líderes em cada uma das igrejas locais tenham a visão correta sobre o ministério entre os pequeninos! Que os pais aceitem o desafio de se tornarem “pastores” de seus próprios filhos!
Além de buscar crianças perdidas e alimentar as que já receberam a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, uma terceira atividade do pastor é livrar o cordeiro quando atacado pelas feras.
O PASTOR LIVRA A OVELHA QUANDO ATACADA PELOS ANIMAIS FEROZES
Há uma guerra real acontecendo. O objetivo é dominar as mentes das crianças. Muita gente não percebe. Trata-se de uma guerra invisível, das forças de Satanás, para capturar os cérebros infantis. Quem conseguir dominar estas mentes ganhará o futuro.
Não há percepção desta batalha, pois não é visível. Não se consegue visualizar o que está acontecendo na esfera espiritual. As pessoas percebem as guerras que acontecem ao redor do mundo porque essas imagens chegam todos os dias pelos noticiários. Há cenas horríveis de crianças esqueléticas por causa da fome, dos bairros destruídos por bombas, das crueldades, dos tiroteios, das barbáries, dos choros e lamentos, das tragédias e das catástrofes, das cenas de desolação e morte.
ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
E a guerra espiritual para dominar a mente das crianças e da juventude, quem a observa? Quem se choca? Satanás age de maneira estratégica quando investe na mente infantil, lançando mão de suas setas destruidoras: a pornografia, a sexualidade precoce, a exploração sexual das crianças, os jogos, as brigas, etc. 
Quantas vidas estão sendo destruídas e ficando miseráveis? As crianças estão sendo ensinadas, por exemplo, a olharem a homossexualidade como algo normal. Isso é um ataque às suas mentes. Quem percebe estes ataques destruidores às mentes das crianças, através de filmes, jogos e livros? 
As famílias estão sendo bombardeadas! Não há filme ou novela que não lance essas granadas mortíferas para desestabilizar, descaracterizar e destruir a família. A família está sendo arrebentada, quebrada. Famílias fracas, com crianças deprimidas que buscam nas drogas algum tipo de escape, são ataques às mentes das crianças. O ódio de Satanás pelas crianças fica patente no elevadíssimo índice de abortos que se pratica diariamente, em toda parte. O número de abortos revela uma crueldade imensa.
As crianças têm as suas mentes bombardeadas através de jogos e vídeos em que a violência e o satanismo seguem de mãos dadas. Os jogos de RPG, por exemplo, incentivam o mal. Quanto mais o jogador for perverso, quanto mais maldades cometer, obterá um resultado melhor na pontuação do jogo. É um verdadeiro absurdo! E as crianças estão sendo ensinadas assim.
No próximo número continuaremos considerando as estratégas do inimigo.
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 4

4 - O Pastor alimenta o cordeiro de Cristo



Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, você me ama mais do que estes? Disse ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse Jesus: Cuide dos meus cordeiros” (João 21:15).
Os que ministram às crianças precisam tornar a doutrina acessível; essa será a parte principal do seu trabalho. Ensinar aos pequenos a verdade completa. Os cordeirinhos de Jesus têm que crescer, aumentando a capacidade de saber, de ser, de fazer, de sentir, portanto, precisam ser bem alimentados e bem instruídos.
As crianças salvas correm o risco de que sua fome seja satisfeita com a mentira, com o erro, com a má doutrina. O inimigo fará de tudo para ganhar as mentes das crianças. Nós temos que chegar primeiro e ganhar os corações dos pequenos com a mensagem de Deus.
Infelizmente, o que vemos hoje são cordeiros e ovelhas sem pastoreio algum, sem alimento. É a época do alimento desprovido de nutrientes e que provoca doenças como câncer e diabetes. Só coisas gostosas e atraentes, lanches, doces, bebidas efervescentes, e tanto mais. Hoje, o que se vê é show, atração, brincadeiras, festas. Onde estão os púlpitos? desviará dele
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) Talvez este versículo seja um dos mais conhecidos e citados quando o assunto é a criança. No entanto, até que ponto acreditamos em sua afirmação e agimos de acordo? O que, de fato, é ensinado à criança hoje?
Entremos, por um momento, numa casa cujos pais estão com os filhos nos primeiros anos de sua vida, talvez um deles já iniciando sua experiência na escola. Quais brincadeiras e brinquedos atraem estas crianças? Quanto tempo de conversação os pais têm com os seus filhos? Em que momento todos se reúnem para oração e leitura da Bíblia? Será que a família tem tempo para conversar? Será que faz suas refeições diante da televisão? Será que essas crianças ficam totalmente “ligadas” nos games, nos programas de TV, nos jogos da Internet?
Entremos, também, numa sala de aula. Que tipo de ensino as crianças recebem? Será que ouvem que o mundo surgiu por acaso? Ou na sequência de um processo evolutivo? E que não existe um Criador?
E se entrarmos numa igreja local, encontraremos crianças sendo devidamente orientadas quanto à pessoa de Deus? Quanto ao Evangelho todo da salvação em Cristo? Quanto ao valor e à riqueza da Bíblia, a Palavra de Deus? Ou será que encontraremos apenas entretenimento sem conteúdo e professores despreparados? O que, afinal, está sendo colocado nas mentes das crianças?
Para atrair as pessoas, principalmente as crianças, a Igreja está mais empenhada em divertir os seus pequenos. O que mais se vê é um programa atrativo, cheio de atividades interessantes, com barulho, muito movimento, novidades e surpresas. Metodologias com características inovadoras têm surgido. Algumas excelentes, outras nem tanto assim. Metodologias são muitas bem vindas! De qualquer forma, independente da metodologia escolhida o fundamental é: existe um conteúdo bíblico consistente?
As aulas para as crianças precisam ter conteúdo bíblico, ensino sério sobre a pessoa de Deus, dependência e presença do Espírito Santo, seriedade, respeito, reverência.
As pessoas procuram métodos inovadores, visuais que impressionam, músicas que tenham ritmo e barulho, atividades com movimento, atividades manuais excêntricas... mas não estão preocupadas com o genuíno leite espiritual. (1 Pedro 2:2).
Onde está o ensino que vai livrar a criança do inferno? (Mateus 10:28) Onde está o ensino que vai livrar dos enganos de Satanás? (1 Timóteo 4:1) Onde está o ensino que vai fazê-la andar no caminho certo mesmo na velhice? (Provérbios 22:6) Onde está o ensino que a conduz ao Príncipe da verdadeira Paz? (Isaías 9:6).
Não se trata de ser contra brincar, fazer atividade manual, cantar com ritmo e barulho, nem mesmo contra a diversão! Pelo contrário, tudo isso é importante. O fundamental é colocar, nas programações, em primeiro lugar, o ENSINO DE DEUS.
Onde estão os pastores de crianças que vão ajudar e incentivar as crianças a memorizarem versículos bíblicos? A cantarem músicas com conteúdo cristão? A conhecerem o Evangelho e a doutrina através de lições bíblicas bem preparadas? A direcionar toda e qualquer atividade para o ensino, fixação e prática da Palavra de Deus, a Bíblia?
No próximo número falaremos do pastor que protege os seus cordeirinhos.
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil

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quinta-feira, 23 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 3

3 - Pastorear crianças não é tarefa para qualquer um



As crianças necessitam urgentemente de homens e mulheres que se submetam à vontade de Deus e se dediquem a pastoreá-las. O momento atual exige isso. O que faz um “pastor” de crianças que deseja fazer a vontade do Pai?
Os pastores sempre foram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos, que procuravam as ovelhas perdidas e que livravam dos animais ferozes as ovelhas que estivessem sendo atacadas.
Na edição anterior, vimos o trabalho do pastor à procura da ovelha perdida. Vejamos agora o pastor como aquele que alimenta o seu rebanho.
O termo “pastor” aparece setenta e sete vezes no Antigo Testamento (raah). No grego (poimén), aparece dezoito vezes. No seu sentido literal, um pastor é alguém que cuida dos rebanhos de ovelhas. Aparece pela primeira vez em Gênesis 4:2, referindo-se à ocupação de Abel. Pode-se dizer que, ao lado da agricultura, é a mais antiga profissão do mundo.
Moisés era apenas um pastor, em Midiã, quando Deus o chamou ao Egito para libertar o povo de Israel que estava ali escravizado havia várias gerações. Davi era apenas um pastor, em Belém, quando Deus o chamou a fim de liderar o reino de Israel.
Deus é o Pastor de Israel. “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Salmo 23:1). Ele apascenta (Isaías 40:11), guarda (Jeremias 31:10) e sai à procura do seu rebanho (Ezequiel 34:12).
No Novo Testamento, Jesus Cristo é o Bom Pastor que deu a sua vida pelas suas ovelhas (João 10:2,11,14,16). Ele é chamado de “o Grande Pastor”, em Hebreus 13:20, e de Supremo Pastor, em 1 Pedro 2:25.
O verdadeiro pastor:
1. Instrui e guia as ovelhas com a sua palavra e com o seu exemplo, vai adiante delas.
2. Vive bem familiarizado com as suas ovelhas, e elas o conhecem bem, o que indica comunhão e comunicação.
3. É inteiramente devotado ao seu rebanho e dá a própria vida pelas suas ovelhas.
4. Tem um estilo de vida que agrada ao Senhor:
    a) É sadio na doutrina, forte na fé, tem prazer em ensinar e é capaz de fazê-lo;
    b) Vive de maneira piedosa e manifesta o fruto do Espírito em sua vida;
    c) É responsável e perseverante;
    d) Busca a santificação, é equilibrado e livre de vícios;
    e) Tem boa reputação e não é dado a contendas;
    f) Tem uma linguagem sadia e não usa de maledicências ou fofocas;
    g) Vive honestamente, não é ganancioso, nem anda atrás do dinheiro;
    h) Tem uma boa família, que não lhe traz perturbações; 
    i) É conhecido pelas boas obras que realiza.
5. Garante a segurança do rebanho, vigiando contra os ataques dos inimigos.
Todas essas características fazem violento contraste com os falsos pastores, indivíduos totalmente egoístas e perversos que, na realidade, não podem oferecer qualquer vantagem ou bênçãos ao rebanho de Deus. Pelo contrário, há até muitos obreiros e “pastores” que são pedófilos e abusadores de crianças, muitas vezes são acobertados para não ficarem expostos e serem motivos de escândalo. Absurda esta “compaixão” para com esses “pastores” que são, na realidade, lobos com pele de ovelha. “A compaixão nem sempre é virtude, quem poupa a vida do lobo, condena à morte as ovelhas”, afirmou o escritor francês Vitor Hugo.
Muito triste também é constatar que, em muitos lugares, as pessoas colocadas para instruírem as crianças não possuem a responsabilidade e as qualificações necessárias. Diante dos cordeirinhos precisam estar os melhores “pastores e mestres”. Não é tarefa para “qualquer um” realizar.
O pastor que alimenta os cordeirinhos de Cristo
Além de evangelizar as crianças, é preciso alimentá-las. O alimento é a doutrina bíblica e saudável. A Palavra de Deus é o alimento verdadeiro para as crianças que Jesus chama de seus cordeiros. Ele mesmo diz: “Apascenta os meus cordeiros” (João 21:15).
“Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, você me ama mais do que estes? Disse ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse Jesus: Cuide dos meus cordeiros” (João 21:15).
A palavra aqui significa alimentar, cuidar. No versículo seguinte significa governar, dirigir, orientar, fazer tudo o que um pastor tem que fazer com um rebanho. Mas no versículo que fala dos cordeirinhos o significado principal é alimentar. Este dever não pode ser negligenciado. Há uma necessidade imperiosa de instruir as crianças na fé. As crianças precisam, prioritariamente, aprender a doutrina, a verdade e a vida do evangelho de Cristo. Elas precisam que a verdade da Palavra de Deus lhes seja ensinada com clareza e convicção.
Na próxima reflexão falaremos mais do pastor que alimenta o cordeirinho de Cristo.
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil

fonte: http://www.apec.com.br/

quarta-feira, 22 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 2

2 - Enfrentando o Problema Teológico



O que vemos hoje, em diversos círculos cristãos e igrejas, é uma falta de visão e de ação para se buscar as ovelhinhas perdidas do Senhor.
Já consideramos, na parte I desta matéria, que o pastor é aquele que melhor representa quem trabalha com as crianças, pois pastor é aquele que busca as ovelhas perdidas, alimenta com cuidado as suas ovelhas e protege-as dos ataques do inimigo. Onde estão os pastores de crianças?
É triste ver a falta de visão em relação aos pequeninos e também a pobreza teológica quando o assunto é criança.
A Igreja não pode cometer o erro de apenas entreter as crianças, sem lhes apresentar, de maneira clara, o Evangelho da salvação em Cristo.
O problema todo se resume numa só palavra: p e c a d o!

Pecado é uma palavra derivada de uma raiz que significa “errar o alvo”, “fracassar”. Trata-se, na verdade, do fracasso em não atingir um padrão conhecido, vindo a desviar-se do mesmo. Pecado é afastamento daquilo que Deus considera e estabelece como a conduta ideal. O pecado acaba se tornando uma oposição a Deus, uma verdadeira rebelião. O pecado é a transgressão da lei e do padrão de Deus.
O trabalho com crianças que não reconhecer esta problemática do pecado, mesmo no coração de um pequenino, terá pouca chance de ser frutífero. Se desejarmos pastorear e preparar uma nova geração, temos que enfrentar o problema principal, sem rodeios, sem sentimentalismo, sem fugir do diagnóstico, ainda que seja duro: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.” (Gênesis 6:5)
O Senhor Jesus foi também categórico ao afirmar: “Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro.” (Marcos 7:21-23)
Há milhões de crianças perdidas no pecado, caídas, e que correm o risco de se perderem eternamente. Uma das principais doutrinas na Bíblia, que precisa ser bem compreendida, refere-se à queda do homem. Ao pecar, o homem rebelou-se contra Deus. Tornou-se inimigo de Deus.
No final de Gênesis 3, no último versículo, vemos o homem expulso do jardim do Éden e sem possibilidade de retorno, levando consigo e para todos os seus descendentes as consequências de sua queda: dores, sofrimentos, trabalho duro para obter o sustento, doenças e a morte.
Os filhos de Adão e Eva nasceram após a queda e receberam essa herança pecaminosa. “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12) “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5) Estes textos tão claros mostram que cada criança já nasce num estado de pecado que a coloca em inimizade com o Deus Eterno, que é Santo e não tolera o pecado.
Só há uma maneira de apagar o pecado: através do sangue do Cordeiro Justo e Imaculado, do Filho de Deus, sem pecado, perfeito, o Senhor Jesus Cristo! “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:18-21)
A mensagem que a criança precisa ouvir!
Pastorear e preparar crianças para o futuro é conduzi-las ao novo nascimento, contando-lhes a preciosa mensagem do Evangelho.
Toda criança precisa conhecer:
• Que Deus a ama com imenso amor – João 3:16.
• Que ela tem um problema (doença, necessidade) – Romanos 3:23; 6:23.
• Que só há uma solução (remédio, provisão) para o seu problema – Atos 4:12; 1 Coríntios 15:3,4; 1 Timóteo 2:5.
• Que ela precisa apropriar-se de Cristo (recebê-lo) – João 1:12,13.
• Que a salvação é eterna (segurança) – João 10:28-29; 1 João 5:11-12.
É preciso levar a criança a reconciliar-se com Deus, reconhecendo que é pecadora, buscando o perdão e confiando no sacrifício de Cristo realizado na cruz do Calvário, pois “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).
Sim, o pecado foi eliminado completamente na cruz. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). A criança que estava perdida foi achada.
Na próxima reflexão falaremos do pastor que apascenta o cordeirinho de Cristo.
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil

fonte: http://www.apec.com.br/


terça-feira, 21 de julho de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? - 1

1 - O Pastor procura o cordeiro perdido



A Igreja não pode cometer o erro de apenas entreter as crianças, sem lhes apresentar, de maneira clara, o Evangelho da salvação em Cristo
“O que vemos hoje, em diversos círculos cristãos e igrejas, é uma falta de visão e de ação para se buscar as ovelhinhas perdidas do Senhor”
A figura que melhor representa aquele que trabalha com crianças é a de um pastor. Tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros semelhantes precisam sair de cena. Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las! O momento atual exige isso.
Podemos olhar o pastor de crianças em três posições bem distintas: 1) aquele que procura a ovelha perdida; 2) aquele que apascenta os cordeirinhos de Cristo; 3) aquele que livra e protege dos inimigos. Vamos considerar neste número a ação de buscar a ovelha perdida.
O Pastor que procura a ovelha perdida
“Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste. O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto-lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.” (Mt 18.10-14)
Na história contada por Jesus a respeito do pastor que sai pelos montes procurando a ovelha perdida, encontramos algumas ações significativas:
• deixar – Ele suspende algo que vinha fazendo e se lança numa empreitada que vai exigir certa renúncia;
• ir – Ele se desloca movido por um impulso muito forte e totalmente focado no seu objetivo: encontrar o cordeiro que está perdido e assim, avança nessa direção;
• procurar – Ele se esforça por alcançar ou conseguir o seu objetivo;
• encontrar – Ele finalmente descobre, acha, dá de cara com a ovelha perdida;
• recolher – Ele dá o devido acolhimento;
• trazer – Ele conduz o cordeiro para o lugar seguro.
Da mesma maneira, buscar crianças perdidas exige:
• diligência – Cuidado ativo, presteza em fazer alguma coisa. Zelo. Esforço. Empenho. Empregar todos os meios para fazer algo;
• disposição – Desígnio, intenção, vontade, inclinação, prontidão;
• dedicação – Afeto extremo, devoção. Consagração. Sacrificar-se em favor de algo. É um ato de entrega.
Quantas crianças estão perdidas?
Só no Brasil são cerca de 60 milhões abaixo dos 15 anos de idade. Onde estão as crianças perdidas? Olhe bem ao seu redor...
A saída para se procurar crianças perdidas reveste-se de um significado muito mais profundo quando ouvimos o Senhor Jesus dizer que “o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mt 18.14). Trata-se de um trabalho de acordo com a vontade de Deus! Que maravilha!
São tantas as oportunidades para se buscar as crianças: aulas em creches e nas escolas, escolas bíblicas de férias, ministério nos hospitais, clubes bíblicos em lares cristãos, etc. Que bênção extraordinária seria se, em cada igreja, pelo menos cinco a dez lares abrissem suas portas para realizarem Clubes Bíblicos para Crianças, com programação uma vez por semana para os pequenos! Seria uma verdadeira revolução!

A falta de visão e de ação para buscar as ovelhinhas perdidas
Jesus Cristo, certa ocasião, ficou indignado com os seus discípulos, porque queriam impedir que as crianças se aproximassem dele. O Senhor dirigiu-lhes a seguinte palavra: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele.” (Mc 10.14-15).
Embora seja possível provar, sem sombra de dúvidas, que 85% dos atuais cristãos receberam a Cristo quando ainda eram crianças, antes dos 15 anos de idade (10% o fizeram entre 15 e 30 anos, 5% após os 30 anos), ainda existem muitas pessoas colocando tropeços e impedindo as crianças de virem a Cristo.
O problema, na verdade, é teológico.
Há uma teologia deficiente quando se trata das crianças. Não existem duas teologias, uma para adultos e outra para crianças. Há, isto sim, uma linguagem mais apropriada para o adulto e outra mais adequada para a criança, mas não se pode esconder da criança a verdade do Evangelho.
Lamentavelmente, não há visão e nem interesse em compartilhar o Evangelho com as crianças. A maioria dos trabalhos com os pequenos resume-se a contar “historinhas”, cantar “musiquinhas”, fazer “oraçõezinhas”, preparar “programinhas”, sem nenhuma preocupação em mostrar a realidade do pecado e como uma criança pode receber a Cristo como seu Salvador Pessoal. Esse quadro precisa mudar urgentemente!
Continua...
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil

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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Características das Crianças do Maternal



Fisicamente: É muito ativo
A maior parte de seu aprendizado se realiza através das atividades físicas como correr, brincar, jogar, olhar, fazer.
Mentalmente: É um descobridor
Concentra-se em uma só ideia de cada vez e focaliza uma só imagem por vez. Necessitam de um ensino simplificado e repetido muitas vezes, até que aprendam bem o que foi ensinado.
Socialmente: É tímido
Não sabe jogar com outras pessoas. Prefere jogar só, mas acompanhado de um adulto. É muito afetivo e gosta daqueles que lhe demonstram amor. Podemos aproveitar essas características e ensinar a criança a cooperar e a repartir com outros.
Volitivamente: É amoldável
Uma de suas palavras favoritas é NÃO. Portanto devemos cuidar para não provocar a rebeldia desnecessária, mas criar oportunidade para que a criança possa escolher e tomar decisões para desenvolvimento da sua vontade.
Emocionalmente: É muito sensível
Absorve as emoções daqueles com quem convive. Aprende os temores e as emoções dos outros. Sente-se seguro somente com o que lhe é familiar e conhecido. Adapta-se bem com tudo o que estiver organizado e repetido. Isto lhe dá segurança.

Leis que governam a aprendizagem das crianças de 1 e 2 anos

Há 5 leis que o adulto deve respeitar, se almeja ganhar os pequeninos pra Cristo:
1. Lei da Energia;
2. Lei da Sensibilidade;
3. Lei da Simplicidade;
4. Lei da Aceitação;
5. Lei da Busca de Deus.

1. Lei da Energia
Ela diz que a criança não consegue ficar quieta. Está crescendo fisicamente com rapidez e o crescimento envolve movimento. Devemos canalizar e controlar, mas nunca suprimir este movimento. Portanto devemos incluir para o ensino várias atividades de movimento. Ex: parar, sentar, marchar, imitar vozes de animais, tocar nas plantas e outros objetos, bater palmas, rabiscar com lápis cera, cheirar flores andar livremente etc.
Esta lei especifica que as crianças cansam rapidamente. Portanto devemos observar momentos de descanso e troca de atividade.
A lei diz que a criança está sempre procurando novas experiências. Por isso explora tudo, mexe em tudo, coloca tudo na boca. Isto acaba sendo uma das maneiras mais fortes de aprendizagem. Devemos incluir no ensino objetos que possam ser vistos, ouvidos e tocados por eles.

2. Lei da Sensibilidade
A criança absorve o clima emotivo que a rodeia. Se você ficar nervosa, a criança percebe e se sente mal. Se está feliz ela vai reagir ao seu contentamento. Por isso, quando for ensinar crie um clima de paz, de entusiasmo e de alegria, para que as crianças sintam através de você que Deus é Grande, Glorioso e Maravilhoso. Você transmitirá isso não tanto pelo que diz, mas através do que está sentindo quando ensina.
Esta lei diz que os pequeninos são inseguros. Sua falta de experiência, seu tamanho, sua dependência, tudo contribui para a insegurança.  Portanto necessitam de elogios quando fazem algo com êxito. Calma e ordem produzem sentimentos de segurança e consequentemente êxito no que está ensinando.
Esta lei diz que as crianças sentem com profundidade. Deus estabeleceu que as crianças nessa idade, aprendem através de emoções e não através da mente. Os sentimentos são poderosos e formam a base para o desenvolvimento posterior da personalidade.
A lei da sensibilidade diz que a criança se identifica emocionalmente com as personagens de qualquer história. Por esta razão devemos contar histórias que produzem o efeito desejado. Devemos escolher histórias dentro de sua esfera de experiência, histórias familiares. Ex: Natureza (Criação), Família (de Noé). Histórias bíblicas sobre Jesus, seu amor, seu poder. Os detalhes não são tão importantes quanto o clima emotivo que produzem.

3. A Lei da Simplicidade
A criança não pode esconder o que sente. A criança enfadada, apática, nervosa, feliz, prestando atenção, entusiasmada, sempre demonstra o que sente. Use este termômetro e procure acertar no ensino.
O pequenino crê no que lhe contamos. Portanto o ensino deve ser bíblico e simples pra que a criança entenda bem.
Nessa idade, a criança pode se concentrar em um detalhe de cada vez. Logo, ensine uma verdade, uma história simples, uma atividade em cada aula. Ex: A Criação: ensine um elemento de cada vez – sol, lua, noite, dia, flores etc.
A criança tem um vocabulário curto. Uma criança de 2 anos sabe 200 palavras, a de 4 anos duplica este número. Assim, para ensiná-las devemos usar vocabulário simples para que entendam.
A criança não pode reproduzir a história contada, mas entende o ensino se for um de cada vez. Ela assimila e entende muito mais do que pode reproduzir.
A criança nesta idade é regida por uma memória curta. Por isso é vital repetir e repetir até que o importante fique gravado. Pode-se repetir de várias maneiras.

4. Lei da Aceitação
A criança é naturalmente egoísta. Isto é auto-proteção. Ela precisa sentir que tem um lugar especial e que é aceita na família, no grupo. Aos poucos aprende a repartir se for ensinada.
Ela procura ser simpática. Necessita de aprovação dos adultos por isso gosta de ajudar.
A criança procura copiar e imitar tudo o que fazemos. Esta é uma maneira excelente de ensino. Ensinamos através de nossas ações, atitudes, reações e palavras. Nós somos o caderno de exercícios de nossas crianças. Elas aprenderão mais pelo nosso exemplo do que pelo discurso. Ex: ensinamos que devemos amar e cuidar da natureza que Deus criou. Mas quando a criança não vê o amor dos pais por Deus e pela natureza o ensino não se concretiza.
A criança é emocionalmente marcada por nossas broncas. Por isso devemos deixar bem claro que o nosso amor por ela não muda apesar de não gostarmos da atitude dela. Desta forma ela entenderá o amor de Deus por ela. Deus nos ama e por isso nos corrige.

5. A lei da Busca de Deus
O pequenino necessita encontrar Deus. É um instinto, inato, que se manifesta na tenra idade. O Espírito Santo não tem limite de idade.
Já que é um instinto, desde o seu nascimento, quanto mais cedo satisfizermos esta necessidade, melhor. Por isso devemos aproveitar para ensinar na tenra idade.
Teremos um ouvinte interessado em tudo que satisfaça este instinto nato. As crianças não escondem o que sentem e podem querer Jesus muito cedo. Portanto devemos dar a elas muito amor, objetos que possam ver, tocar, cheirar, ouvir e sentir. Brinquedos, lições bíblicas, plantas, animais, pássaros, jogos, figuras, comidas, sementes para plantar e observar o crescimento e desenvolvimento etc.

Alguns conceitos que devemos transmitir nesta idade

1. Deus é Criador;
2. Deus criou as pessoas;
3. Deus sempre está conosco;
4. Não podemos ver Deus;
5. Deus nos conhece pelo nome;
6. É gostoso falar com Deus;
7. Deus é bom;
8. Jesus é Filho de Deus;
9. Jesus nasceu como bebê, cresceu e se tornou homem;
10. Deus cuida de nós.

Entretenimento para crianças

Há 3 níveis de entretenimento: Físico, Emocional, Espiritual.
As formas de entretenimento mais marcantes são as que tocam as Emoções e o Espírito.
No primeiro nível, o prazer é físico, toca nossos sentidos: paladar, audição, tato, visão, gustação.
No segundo nível, o prazer toca as emoções: alegria, euforia, tensão, realização etc.
No terceiro nível, que é o produto perfeito, é o que toca o físico, o emocional e o espiritual. Quanto mais níveis forem contidos na atividade, tanto mais esta poderá ser usada por Deus para impactar e transformar a vida da criança.
É necessário um equilíbrio entre o entretenimento individual e o interagir no relacionamento.
O ideal para um entretenimento saudável é um mesclar do físico, emocional e espiritual.

Criatividade

A criatividade combate a superficialidade e a mediocridade. A arte é o meio de ativar as partes não-verbais e emocionais do córtex cerebral. Quando você cria arte, usa partes do cérebro interessadas em formas, cores e texturas. Diante disso, dar tudo pronto para a criança é matar sua criatividade. É o processo criativo que desenvolve física, emocional e espiritualmente. Portanto faça com a criança pequena trabalhos com:
– Massinha;
– Colagem;
– Pintura;
– Caixa para guardar boas lembranças: fotos, desenhos etc;
– Monte oficinas: pintura, música, artes, criação de Deus, argila;
– Água para brincar com algum brinquedo: boneca, carrinho, barco;
– Colagem com pipoca, sementes, plantas;
– Livros;
– Lousa e giz;
– Conte histórias com brinquedos;
– Faça atividades ao ar livre;
– Use base espetável para figuras, com isopor ou caixa de areia;
– Faça uma televisão com caixa para figuras;
– Varal de roupas com pregador para versículos ou figuras;
– Caixa surpresa para usar durante a aula com material de ensino;
– Pintura a dedo, lápis cera, e tudo que sua criatividade mandar;
– Sucata;

Dicas para o ensino:

1. O fator mais importante para essa idade é o educador.
2. Siga a mesma sequência. Dá segurança às crianças:
– Brinquedos;
– Cânticos;
– História Bíblica;
– Versículo;
– Oração;
– Lanche;
– Trabalho Manual;
3. Ofereça um espaço com brinquedos educativos.
4. Escolha somente 1 ensino por aula. Ex: obedecer.
5. Traga sempre à prática, citando exemplos do dia-a-dia.
6. Inicie o preparo da aula no começo da semana. Esta idade exige diversificação na apresentação da lição. Não deixe para a última hora.
7. Cada período da aula deve acontecer num espaço diferente dentro da própria sala.
8. Crie centros de interesse.
9. Coloque música suave, de preferência cânticos de louvor, no período de brinquedos. Observe a atitude das crianças ao brincar.
10. Mostre sempre a Bíblia.
11. Use gestos, bata palmas, marche, fique sentada ou ajoelhada, bem à altura das crianças.
12. Use linguagem simples
13. A oração deve ser curta e simples.
14. Sempre agradeça a Deus pelo lanche.
15. Ideias: Caixa surpresa, dramatização, televisão feita de caixa de papelão, objetos, caixa de areia, algodão, giz, cera, massinha, cola, figuras grandes, bonecos, animais, flores, frutas, pintura a dedo, pintura de rosto, máscaras, brincadeira dirigida, pescaria, quebra-cabeça, instrumentos musicais, fantoche.
16. Atividade complementar:
– Explore os sentidos. Ex: olfato (diferentes odores como pó de café, perfume, água, sabonete).
– Fale sobre os meios de transporte, ou profissões (utilizando gravuras).
– Use bonecos de papel para vestir com roupas de papel.
– Teatro:  Noé, com todos construindo a arca, chamando animais (cocó, auau, miau…), sentado, triste (ninguém queria obedecer a Deus), levantando para ouvir a voz de Deus, ajoelhado para agradecer a Deus. Dê um cone de papel, imitando Noé falando de Deus para as pessoas.
– Sol/Chuva: criança deve pular para o lado certo conforme o professor falar a palavra.
17. Para a aula, use: caixa grande (túnel), móbile, caixa de música, toca-fitas, blocos, figuras grandes coloridas, chocalho, espelho, brinquedos para empurrar e puxar, aquário rolante.
18. Para ensinar versículo, use somente pensamento bíblico.
19. Sugestão para cânticos: “3 Palavrinhas Só”, “Se eu Fosse um Elefante”, “Deus é Bom pra Mim”, “Se Conversarmos com Jesus”, “Eu Tenho um Bom Amigo”, “Eu e a Minha Casa”, “Por Dentro, Fora”, “Jesus é o Amigo Melhor”, “Quem fez as Lindas Flores?”, “Passarinho, Como Vai?”, “Pequenino Sou, mas Ando com Deus” etc.

Características Gerais das Crianças de 1 e 2 anos

1. A criança está experimentando seu corpo e seus limites, por isso corre, salta de forma desequilibrada.
2. Fica encabulada na presença de estranhos.
3. Coopera quando a vestem.
4. Brinca e conversa sozinha.
5. Emite som para se divertir.
6. Gosta de andar de carro, de bater palmas, de música.
7. Obedece ordens simples.
8. Gosta de livros com figuras.
9. Conhece o mundo através dos órgãos dos sentidos, especialmente a boca.
10. Gosta de brinquedos coloridos de cubos, de jogos de encaixe.
11. Aprende por imitação e por repetição.
12. Gosta de repetição. Deve-se contar a mesma história muitas vezes de formas diferentes.
13. Tempo de atenção: 3 minutos.

Como deve ser a Sala de Aula para Crianças de 1 e 2 anos

1. Bem arejada, cores claras, com piso, cortinas, tapetes e brinquedos sempre limpos.
2. Cada período da aula deve acontecer num espaço diferente dentro da própria sala. Portanto, divida a sala com espaços para atividades diversas. Coloque num canto um tapete e um baú com brinquedos próprios para a idade. Neste local as crianças podem brincar enquanto as outras crianças chegam para o início da aula e também em momento próprio podem cantar sentadas em almofadas com o professor que estará pronto para ensinar as músicas e mostrar as figuras dos cânticos e fazer gestos com elas.
3. Também pode levar instrumentos de bandinha para animar o louvor e deixar que as crianças tomem gosto pela música.
4. No outro canto da sala, ponha mesinha com cadeiras próprias para a idade das crianças. Aí elas tomarão lanche, sentadas nas cadeirinhas para evitar derrubar algo na roupa ou no chão e também para ensinar a ter disciplina na hora da refeição. Coloque um guardanapo aberto na mesa para o lanche e um copo plástico para o suco ou água. Tenha sempre em sala, um rodo com pano para eventuais acontecimentos.
5. Nas mesinhas também farão trabalhos manuais. No outro canto da sala escolha dois brinquedos para colocar. Como exemplo: escorregador pequeno de plástico, piscina pequena de bolinha, cavalinho de madeira ou plástico, túnel de tecido, rolo de tecido, bola grande de plástico ou tecido. O professor pode escolher e colocar somente dois por aula, assim fazendo uma surpresa pras crianças. Elas podem brincar no início da aula, enquanto outras crianças ainda estão chegando e no final para esperar os pais.
6. Enfeite uma parede com o tema da unidade ou aula, na outra parede tenha uma lousa pra criança rabiscar, desenhar com giz ou fixar figuras.
7. Tenha na sala de aula um espaço para colocar um varal pras crianças pendurarem seus trabalhinhos enquanto seca e enquanto seus pais não chegam para buscá-las. Também você pode colocar o versículo do dia ou figuras sobre o tema da aula.
8. Faça um porta-livros de madeira, tamanho próprio para a idade, com livrinhos sobre natureza e outros assuntos interessantes, para que a criança veja as figuras em sala de aula. Os livros precisam ser de plástico, de tecido ou de figuras forradas com contact.
9. Tenha uma pequena estante ou armário aberto com brinquedos como: quebra-cabeça (2 peças), peças para empilhar ou caixas, jogos de encaixe, jogos para montar.
10. Coloque uma estante na parede, lugar alto, em que somente adultos mexam, para deixar o material do professor. Fixe cabides, na estante, para que os pais possam pendurar alguma sacola das crianças, ou blusas e casacos.
11. Na hora da história bíblica, coloque as crianças sentadas em meia lua nas cadeirinhas e sente-se também na altura delas. Para contar a história você pode variar sempre: colocando as figuras ou objetos no bolso grande do avental, retirando figuras ou objetos de dentro de uma caixa surpresa que você abre somente na hora para criar suspense, também pode usar um imãtógrafo, ou flanelógrafo pequeno de mão, deixando no final da história que as crianças coloquem as figuras ou ainda usar bonecos, brinquedos, fantoches, caixa com areia para fixar varetas com figura, ou caixa de isopor para fixar as figuras O importante é sempre variar o método e usar uma linguagem simples para que a criança entenda.
12. Os versículos ensinados serão pensamentos bíblicos que deverão ser repetidos em algumas aulas para fixação, assim como histórias e cânticos. A criança nesta fase aprende através da repetição e visualização.

Características do professor do maternal

  • Os professores precisam ser bem treinados, porque terão o privilégio de preparar o coração da criança para o conhecimento e encontro com Deus.
  • O professor deve ser alegre, paciente, calmo, firme, atencioso, amoroso, linguajar simples, tom de voz suave, apresentar boa saúde física, mental e espiritual, deve ser organizado, estudioso, criativo, ter simpatia e habilidade para lidar com os pais, gostar de brincar e conversar com a criança, gostar de visitar o aluno para conhecê-lo melhor e saber orientá-lo, deve se preparar para a aula com antecedência, orar por seus alunos, buscar novos métodos atrativos, conhecer as características da idade que ensina e avaliar seu trabalho para melhoria.

Fonte: http://ensinoinfantilnumclique.com.br/ensino-biblico-para-o-maternal/