8ª. Parte (Final)
Com este artigo encerramos o tema: ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS
Consideramos no último artigo, em João 21, o modo como Jesus restaurou a Pedro, que o havia negado três vezes, com a pergunta: "Você me ama?"
Vimos então que a exigência clara para pastorear as crianças, (e os jovens e adultos também) é amar a Jesus!
Amamos mesmo ao Senhor?
Há, no entanto algo mais a ser considerado. Pedro, iniciou a sua caminhada de discípulo de Cristo após presenciar uma pesca maravilhosa (Lucas 5), ocasião quando prostrou-se aos pés de Jesus tomado de impactante admiração e quando recebeu o chamado do Senhor: “Doravante serás pescador de homens”.
Naquela ocasião Pedro deixou o barco e todo o equipamento de pescador na praia e seguiu a Jesus.
Agora a situação era muito constrangedora, porque Pedro havia negado a Jesus vergonhosamente e voltara à pescaria. A chegada de Jesus ali na praia, a pesca maravilhosa novamente, o alimento que saborearam juntos e aquela pergunta de Jesus: “Amas-me mais do que estes outros?” incomodavam.
Será que “estes outros” a que Jesus se referiu seriam os outros companheiros de pesca ou os 153 grandes peixes apanhados? Deixaria Pedro o trabalho de ser pescador de homens para voltar a ser pescador de peixes?
A pergunta de Jesus incomodou ainda mais, por ter sido feita três vezes: Amas-me? Amas-me? Amas-me? O fato é que exatamente três vezes Pedro havia negado a Jesus.
“Sim, Senhor, tu sabes que te amo!” foi a resposta positiva de Pedro, sendo que na última vez ele se mostrou bem entristecido.
É preciso notar que Jesus nas duas primeiras vezes fez a pergunta usando a palavra “ágape” para “amor”: Tu me amas? Pedro, no entanto, usou a palavra “fileo” para “amor” na resposta: “Sabes que te amo”.
Era como se Jesus perguntasse: Tu me amas com amor perfeito? Aquele amor que é amplamente descrito no capítulo 13, versos 4 a 7, da primeira carta aos Coríntios:
Amor que é paciente e bondoso; que não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Amor que não é grosseiro, nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Amor que não fica alegre quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor que nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
A resposta de Pedro trazia de certa forma o seguinte significado: “Gosto um pouco do Senhor, o meu amor é imperfeito”.
Na terceira vez Jesus usou a palavra de Pedro na pergunta: “Amas-me com amor imperfeito, Pedro?” Provavelmente isso contribuiu e muito para que Pedro ficasse entristecido, meio que cabisbaixo e envergonhado, reconhecendo de fato a pequenez de seu amor diante do grande amor do Senhor por Ele.
No entanto, surpreendentemente, nas três vezes o Senhor lhe ordena: “Apascenta os meus cordeiros! Pastoreia as minhas ovelhas! Apascenta as minhas ovelhas!”
Qual a razão para Jesus usar tanto a palavra cordeiro como ovelha? Os cordeiros são os pequeninos filhotes das ovelhas, e daí concluímos que a ordem do Senhor inclui a responsabilidade do pastoreio tanto dos grandes e como também dos pequenos. As crianças precisam mesmo de pastoreio, tanto quanto os adultos, talvez até mais.
Onde estão os pastores tanto de adultos, como de jovens, como de crianças?
Há, no entanto algo mais a ser considerado. Pedro, iniciou a sua caminhada de discípulo de Cristo após presenciar uma pesca maravilhosa (Lucas 5), ocasião quando prostrou-se aos pés de Jesus tomado de impactante admiração e quando recebeu o chamado do Senhor: “Doravante serás pescador de homens”.
Naquela ocasião Pedro deixou o barco e todo o equipamento de pescador na praia e seguiu a Jesus.
Agora a situação era muito constrangedora, porque Pedro havia negado a Jesus vergonhosamente e voltara à pescaria. A chegada de Jesus ali na praia, a pesca maravilhosa novamente, o alimento que saborearam juntos e aquela pergunta de Jesus: “Amas-me mais do que estes outros?” incomodavam.
Será que “estes outros” a que Jesus se referiu seriam os outros companheiros de pesca ou os 153 grandes peixes apanhados? Deixaria Pedro o trabalho de ser pescador de homens para voltar a ser pescador de peixes?
A pergunta de Jesus incomodou ainda mais, por ter sido feita três vezes: Amas-me? Amas-me? Amas-me? O fato é que exatamente três vezes Pedro havia negado a Jesus.
“Sim, Senhor, tu sabes que te amo!” foi a resposta positiva de Pedro, sendo que na última vez ele se mostrou bem entristecido.
É preciso notar que Jesus nas duas primeiras vezes fez a pergunta usando a palavra “ágape” para “amor”: Tu me amas? Pedro, no entanto, usou a palavra “fileo” para “amor” na resposta: “Sabes que te amo”.
Era como se Jesus perguntasse: Tu me amas com amor perfeito? Aquele amor que é amplamente descrito no capítulo 13, versos 4 a 7, da primeira carta aos Coríntios:
Amor que é paciente e bondoso; que não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Amor que não é grosseiro, nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Amor que não fica alegre quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor que nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
A resposta de Pedro trazia de certa forma o seguinte significado: “Gosto um pouco do Senhor, o meu amor é imperfeito”.
Na terceira vez Jesus usou a palavra de Pedro na pergunta: “Amas-me com amor imperfeito, Pedro?” Provavelmente isso contribuiu e muito para que Pedro ficasse entristecido, meio que cabisbaixo e envergonhado, reconhecendo de fato a pequenez de seu amor diante do grande amor do Senhor por Ele.
No entanto, surpreendentemente, nas três vezes o Senhor lhe ordena: “Apascenta os meus cordeiros! Pastoreia as minhas ovelhas! Apascenta as minhas ovelhas!”
Qual a razão para Jesus usar tanto a palavra cordeiro como ovelha? Os cordeiros são os pequeninos filhotes das ovelhas, e daí concluímos que a ordem do Senhor inclui a responsabilidade do pastoreio tanto dos grandes e como também dos pequenos. As crianças precisam mesmo de pastoreio, tanto quanto os adultos, talvez até mais.
Onde estão os pastores tanto de adultos, como de jovens, como de crianças?
Só quem tem AMOR ao Senhor pode e está apto a pastorear.
O grande segredo para um ministério infanto-juvenil que seja frutífero e abençoado é ter pastores que amam ao Senhor. Está é a atitude que faz toda a diferença.
O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as crianças é estar cheio de amor pelo Senhor Jesus. Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5:14, 15).
É importante também verificar que no Antigo Testamento encontramos o mesmo princípio. Em Deuteronômio 6:4-9, antes da ordem para que os pais inculquem a Palavra de Deus em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”
O fato é que a maioria dos pais não está abrindo os lábios para falar sobre as coisas de Deus. As crianças não estão tendo a Palavra de Deus sendo inculcada em suas vidas.
Por que isso acontece?
Isto acontece porque os seus corações dos pais estão vazios do Senhor e de Sua Palavra, pois “a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.34). Daí a recomendação do Senhor: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos...” (Deuteronômio 6.6, 7).
E por que o coração não está cheio da Palavra do Senhor?
Porque não está havendo obediência ao mandamento estabelecido em Deuteronômio 6.4, 5: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem um coração pleno de amor ao Senhor.
O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as crianças é estar cheio de amor pelo Senhor Jesus. Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5:14, 15).
É importante também verificar que no Antigo Testamento encontramos o mesmo princípio. Em Deuteronômio 6:4-9, antes da ordem para que os pais inculquem a Palavra de Deus em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”
O fato é que a maioria dos pais não está abrindo os lábios para falar sobre as coisas de Deus. As crianças não estão tendo a Palavra de Deus sendo inculcada em suas vidas.
Por que isso acontece?
Isto acontece porque os seus corações dos pais estão vazios do Senhor e de Sua Palavra, pois “a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.34). Daí a recomendação do Senhor: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos...” (Deuteronômio 6.6, 7).
E por que o coração não está cheio da Palavra do Senhor?
Porque não está havendo obediência ao mandamento estabelecido em Deuteronômio 6.4, 5: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem um coração pleno de amor ao Senhor.
O que mais amamos?
Lutero afirmou certa ocasião: Aquilo que um homem mais ama, isso é o seu deus.
Esta frase nos leva a refletir e pensar: O que eu mais amo? Qual é de fato o meu deus?
Esta afirmação de Lutero nos leva a concluir que a raiz da dificuldade em pastorear os pequeninos está no fato de que não temos o Senhor como nosso único Deus. Outros deuses estão ocupando o centro de nossos corações. Nosso amor para com Deus, de todo coração, com tudo o que há em nós e com tudo o que somos, é pequeníssimo. É preciso acabar com a idolatria dentro do coração. Derrubar os ídolos e os seus altares. Dar espaço completo para o reinado de Cristo em nós.
Qual a nossa prioridade máxima? O que mais amamos?
O trabalho, a família, certas atividades que são prazerosas. Nem sempre aquilo que amamos mais é algo ruim, pelo contrário, mas o fato é que Deus é amado menos.
Jesus disse: “Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, e sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo.” (Lucas 14:26).
Pessoalmente já precisei reconhecer, por exemplo, que a música era o meu “deus” e que eu amava e me deleitava com a música mais do que com o Senhor. Outra vez tive que reconhecer que fazia dos meus livros e biblioteca o meu “deus”. E, tragicamente, tive que reconhecer que fazia do meu trabalho para o Senhor, na obra missionária junto à APEC, o meu “deus”.
Achamos tempo para fazer tanta coisa, até para o Senhor, agindo como uma “Marta” agitados de um lado para o outro, e não achamos tempo para cultivar o nosso amor para com o Senhor, sendo uma “Maria” tendo nosso maior prazer estar aos pés do nosso Salvador.
“Amas-me, mais do que estes outros?”
É urgente restaurar o nosso amor para com o Senhor. Tirar os “deuses” de nossa vida e dizer: “Tu sabes que eu te amo, embora não perfeitamente, mas tu sabes todas as coisas.”
Charles Spurgeon, em seu livro Pescadores de Crianças (Edições Shedd), comentando esta passagem imagina Jesus Cristo dizendo a Pedro as seguintes palavras:
“Eu te amo tanto que confio a você aquilo que eu comprei com o sangue do meu coração. A coisa mais preciosa que tenho em todo o mundo é o meu rebanho: veja Simão, eu tenho tanta confiança em você, dependo inteiramente da sua integridade como sendo uma pessoa que me ama sinceramente, que eu lhe faço um pastor de meus cordeiros. São tudo que eu tenho na Terra, dei tudo por eles, até minha vida; e agora, Simão, filho de Jonas, cuide deles por mim”.
Você pode ouvir o Senhor Jesus falando isso para você agora?
Onde estão os pastores de crianças?
Que o Senhor levante pela sua graça e bondade, em cada igreja local, homens e mulheres que tenham o coração cheio de amor para com o Senhor, que respondam ao Senhor: Eu te amo! E que ouçam o Senhor Jesus lhes ordenando: Apascentem os meus cordeiros!
Amar a Jesus! Essa deve ser a atitude do coração!
Esta frase nos leva a refletir e pensar: O que eu mais amo? Qual é de fato o meu deus?
Esta afirmação de Lutero nos leva a concluir que a raiz da dificuldade em pastorear os pequeninos está no fato de que não temos o Senhor como nosso único Deus. Outros deuses estão ocupando o centro de nossos corações. Nosso amor para com Deus, de todo coração, com tudo o que há em nós e com tudo o que somos, é pequeníssimo. É preciso acabar com a idolatria dentro do coração. Derrubar os ídolos e os seus altares. Dar espaço completo para o reinado de Cristo em nós.
Qual a nossa prioridade máxima? O que mais amamos?
O trabalho, a família, certas atividades que são prazerosas. Nem sempre aquilo que amamos mais é algo ruim, pelo contrário, mas o fato é que Deus é amado menos.
Jesus disse: “Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, e sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo.” (Lucas 14:26).
Pessoalmente já precisei reconhecer, por exemplo, que a música era o meu “deus” e que eu amava e me deleitava com a música mais do que com o Senhor. Outra vez tive que reconhecer que fazia dos meus livros e biblioteca o meu “deus”. E, tragicamente, tive que reconhecer que fazia do meu trabalho para o Senhor, na obra missionária junto à APEC, o meu “deus”.
Achamos tempo para fazer tanta coisa, até para o Senhor, agindo como uma “Marta” agitados de um lado para o outro, e não achamos tempo para cultivar o nosso amor para com o Senhor, sendo uma “Maria” tendo nosso maior prazer estar aos pés do nosso Salvador.
“Amas-me, mais do que estes outros?”
É urgente restaurar o nosso amor para com o Senhor. Tirar os “deuses” de nossa vida e dizer: “Tu sabes que eu te amo, embora não perfeitamente, mas tu sabes todas as coisas.”
Charles Spurgeon, em seu livro Pescadores de Crianças (Edições Shedd), comentando esta passagem imagina Jesus Cristo dizendo a Pedro as seguintes palavras:
“Eu te amo tanto que confio a você aquilo que eu comprei com o sangue do meu coração. A coisa mais preciosa que tenho em todo o mundo é o meu rebanho: veja Simão, eu tenho tanta confiança em você, dependo inteiramente da sua integridade como sendo uma pessoa que me ama sinceramente, que eu lhe faço um pastor de meus cordeiros. São tudo que eu tenho na Terra, dei tudo por eles, até minha vida; e agora, Simão, filho de Jonas, cuide deles por mim”.
Você pode ouvir o Senhor Jesus falando isso para você agora?
Onde estão os pastores de crianças?
Que o Senhor levante pela sua graça e bondade, em cada igreja local, homens e mulheres que tenham o coração cheio de amor para com o Senhor, que respondam ao Senhor: Eu te amo! E que ouçam o Senhor Jesus lhes ordenando: Apascentem os meus cordeiros!
Amar a Jesus! Essa deve ser a atitude do coração!
Onde estão os pastores de crianças?
Tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros semelhantes precisam sair de cena.
Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las. O momento atual exige isso.
Senhor, concede-nos pela Tua Graça homens e mulheres que amem ao Senhor de todo coração e que assumam a sua função pastoral, dispostos a:
1. procurar os milhões de cordeirinhos que estão perdidos;
2. apascentar os cordeirinhos que já creram em Jesus e precisam de alimento saudável para crescerem;
3. livrar e proteger os cordeirinhos das garras violentas dos inimigos.
Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las. O momento atual exige isso.
Senhor, concede-nos pela Tua Graça homens e mulheres que amem ao Senhor de todo coração e que assumam a sua função pastoral, dispostos a:
1. procurar os milhões de cordeirinhos que estão perdidos;
2. apascentar os cordeirinhos que já creram em Jesus e precisam de alimento saudável para crescerem;
3. livrar e proteger os cordeirinhos das garras violentas dos inimigos.
Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil.
fonte: http://www.apec.com.br/
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